A Fase Oleosa e a Degaseificação do Co2 na Precipitação de Caco3: Implicações. Modelagem, Simulação Numérica, Validação e Desenvolvimento de Protótipo Experimental

Nome: RAFAEL DE PAULA COSMO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 21/11/2022
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
EDSON JOSE SOARES Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
FABIO DE ASSIS RESSEL PEREIRA Coorientador
CLÁUDIO DARIVA Examinador Externo
ROSANE ALVES FONTES Examinador Externo
SILVIO LUIZ DE MELLO JUNQUEIRA Examinador Externo
ANDRÉ LEIBSOHN MARTINS Examinador Externo

Páginas

Resumo: Precipitação e incrustação são problemas recorrentes em muitos processos que manejam água. Na produção de petróleo, particularmente, tais ocorrências são críticas devido à inexequibilidade ou à extrema dificuldade de remediação da precipitação ou remoção da incrustação. Isso se deve às condições operacionais adversas: altas pressões e temperaturas, ação de gases corrosivos como CO2 e H2S, salinidade elevada e sistema confinado em meio rochoso. Os reservatórios carbonáticos do Pré-Sal se notabilizam pelo elevado teor de CO2 em seus fluidos, com esse gás ácido sendo uma variável que afeta diversas etapas do processo explotatório. A relação entre CO2 e carbonato de cálcio (CaCO3) é evidente na reação Ca2+(aq) + 2 HCO3–(aq) ⇆ H2O + CaCO3(s) + CO2(aq). A perda de carga inerente à produção degaseifica o CO2 (CO2(aq) → CO2(g)), o que desloca o equilíbrio para a direita e implica na formação do CaCO3(s). Uma revisão aplicada do papel do CO2 na precipitação, considerando as fases água, óleo e gás, foi realizada com dados de campo do Pré-Sal. Assim como o CO2 aquoso, o CO2 oleoso degaseifica (CO2(o) → CO2(g)) e também implica em mais CaCO3, com o particionamento do CO2 entre as fases governando o fenômeno. Um procedimento experimental foi desenvolvido para quantificar o CaCO3 que precipita diretamente devido à variação de pressão e temperatura e o que precipita indiretamente devido ao escape do CO2(aq), permitindo estimar o peso da degaseificação do CO2 na precipitação de CaCO3. Um protótipo experimental foi projetado e construído para que esse procedimento possa ser investigado futuramente. Além disso, a unidade permitirá a pesquisa de outros fenômenos relacionados à garantia de escoamento. Foram realizadas simulações do procedimento com um software termodinâmico para o sistema H2O–CO2–CaCO3, indicando que o escape de CO2 contribui com 55% a 93% da precipitação. O software inclui, além da termodinâmica de solução aquosa, a interação com óleo, gases e diversos outros sólidos, o que permite simular casos reais. Foram investigados cinco ativos de produção de energia geotérmica ao redor do mundo que relatam problemas com a precipitação carbonática. Como resultado, o flash de CO2 contribui com 66% a 93% da precipitação de CaCO3. Em simulações com dados reais de um campo do Pré-Sal os resultados foram semelhantes, mas indicaram comportamentos sui generis da influência do CO2 com a variação do BSW. Tais descobertas correspondem a problemas operacionais enfrentados em muitos campos petrolíferos e podem ajudar a explicar suas causas ainda incógnitas. A fim de validar o protótipo experimental, alguns experimentos qualitativos foram realizados, incluindo a precipitação de CaCO3 na presença de CO2 e óleo do Pré-Sal de 29 °API, com a captura de fotomicrografias in situ dos cristais e de gotas de óleo, a 60 °C e 50 bar.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910