Modelagem Termoeconômica Generalizada e Sistemática para o Tratamento de
Resíduos e Internalização de Encargos Ambientais em Sistemas Térmicos
Nome: PEDRO ROSSETO DE FARIA
Data de publicação: 10/07/2023
Banca:
Nome | Papel |
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DIMAS JOSÉ RÚA OROZCO | Examinador Externo |
JOSÉ CARLOS ESCOBAR PALACIO | Examinador Externo |
JOSE JOAQUIM CONCEICAO SOARES SANTOS | Presidente |
NEYVAL COSTA REIS JUNIOR | Examinador Externo |
ROGERIO RAMOS | Examinador Interno |
Resumo: A Termoeconomia, originalmente, combina Termodinâmica e Economia. Entretanto, questões ambientais podem ser incorporadas. Apesar do avanço da modelagem termoeconômica e das muitas metodologias disponíveis, temas como a alocação de resíduos ainda estão sujeitos a críticas e são importantes desafios a serem resolvidos para a inclusão racional e sistemática dos encargos ambientais. Em muitas das metodologias propostas existem critérios subjetivos, incompletos, inconsistentes ou particulares de alocação, o que impede que o processo de formação de custos dos resíduos seja definido de forma sistemática. Diante disso, se torna necessária uma metodologia termoeconômica generalizada e sistemática capaz de tratar os resíduos
e levar em conta impactos ambientais em análises de plantas térmicas,
principalmente as multiprodutos. O objetivo principal deste trabalho é consolidar a sistematização de uma metodologia que está diretamente associada à integração de um dispositivo que representa o ambiente com os diagramas termoeconômicos. Modelos que já utilizam esse dispositivo nunca foram aplicados em sistemas térmicos com mais de uma fonte de combustão para evidenciar a necessidade da generalização e sistematização. Ainda em relação ao dispositivo que representa o ambiente, este trabalho mostra pela primeira vez: i) como é considerado em sistemas térmicos de ciclo fechado, como nos ciclos a vapor; ii) como pode ser inserido em modelos que originalmente não o consideram explicitamente, como no Modelo E, que
utiliza fluxos de exergia para definir o diagrama termoeconômico; iii) o papel
fundamental que tem na internalização de encargos ambientais, como créditos de carbono e custos de equipamentos de mitigação e controle ambiental; e iv) como se comporta e influencia em uma avaliação de diagnóstico termoeconômico. A internalização de custos ambientais, exatamente por meio desse dispositivo ambiente, redistribui de maneira sistemática esses custos aos demais componentes do sistema e aos produtos finais. Estudos de caso, considerando sistemas de cogeração a gás e a vapor, mostram que o dispositivo ambiental tem papel fundamental na internalização generalizada e sistemática de encargos ambientais que podem ser as emissões de poluentes, custos de aquisição de equipamentos de mitigação e controle ambiental, precificação do carbono, dentre outros.